sexta-feira, 4 de novembro de 2011

CONTESTAÇÕES SOBRE A REUNIÃO DO G20

Foram vários e-mails dos amigos, não podíamos ficar de fora, assim compartilhamos, conheça e participe, se seu coração concordar, nós já assinamos. Estas duas notícias foram nossas fontes de pesquisa.
Às vésperas de cúpula, G20 começa a ser contestado no Brasil
De André Barrocal
Otimismo com grupo pós-crise de 2008 começa a dar lugar a ceticismo entre movimentos que debatem finanças. Motivo: agenda deixa de lado regulação financeira e foca problemas fiscais de países ricos e salvamento de bancos. Ministérios da Fazenda e das Relações Exteriores defendem importância de tentar influenciar decisões. Líderes do G20 reúnem-se em novembro.
 G 20
BRASÍLIA – Os líderes do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo, vão se reunir em novembro, na França. Será a quinta vez que o fórum, criado em 1999 depois de uma série de turbulências financeiras, se encontrará desde a crise de 2008. Visto com otimismo três anos atrás, quando a crise permitira atacar a desregulamentação financeira e defender a atuação do Estado, o G20 e o valor que o governo dá ao grupo começam a sofrer algumas contestações no Brasil.
“No início, o G20 tinha uma agenda ousada, discutia paraísos fiscais, taxação de movimentações financeiras. Agora, a agenda é para salvar a banca”, diz Graciela Rodrigues, coordenadora da área de arquitetura econômica internacional da Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip), que articula ONGs e movimentos sociais na discussão de temas como desregulamentação financeira e comercial.
Por trás do descontentamento, estão o centro das preocupações do G20 - a crise da dívida de países europeus - e as soluções em gestação (pacotes ortodoxos de socorro financeiro e ajuda a bancos privados). Não por acaso, o resultado do encontro, marcado para 3 e 4 de novembro, na cidade em Cannes, dependerá de reunião que a União Européia fará dia 23 de outubro, para discutir a situação fiscal de seus países membros.
“As respostas do G20 não têm sido suficientes e adequadas. Há no mundo todo erupção de movimentos sociais”, afirma Iara Pietricovsky, da Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais. “A gente não reconhece o G20 com um espaço legítimo, ele representa poucos países”, diz.
O secretário de Assuntos Internacionais do ministério da Fazenda, Carlos Cozendey, concorda que a “legitimidade” do G20 é algo que requer atenção o tempo todo, já que se trata de um grupo informal que não tem como obrigar os participantes a seguir nenhuma decisão. E admite que “a composição do G20 não é necessarariamente favorável”, já que a bancada européia é a maior.
Mas, segundo Cozendey, o Brasil tem lutado no G20 para influenciar as decisões do grupo e construir políticas mais duradouras. Mas diz que, hoje, não há como fugir do debate de curto prazo, diante da “reemergência da crise de 2008”.
Ele diz que o país vai defender no G20 que o FMI tenha dinheiro para socorrer países. Como o Brasil passou de 18 para 10 maior cotista do Fundo e hoje é credor da instituição, o governo acha que pode ter mais condições de influenciar no tipo de socorro do FMI, impedindo, por exemplo, a imposição de compromissos draconianos aos socorridos.
O Brasil também vai defende no G20 que países como China e Alemanha, que crescem muito à base de exportações, possam se voltar mais para o mercado interno. Seria uma forma de dar espaço para que outros países crescer também sem enfrentar a concorrência de importados daqueles dois países. “Há um problema de carência de demanda global”, afirma Cozendey.
As posições que o Brasil defenderá no G20 estão sendo discutidas nesta terça-feira (18), em Montevidéu, com autoridades do México e da Argentina, segundo o Diretor do Departamento de Assuntos Financeiros e Serviços do Ministério das Relações Exteriores, Luís Antonio Balduino Carneiro.
A intenção é que os três representantes latino-americanos falem a mesma língua no fórum. “O Brasil não considera que o G20 seja um grupo opaco. É uma oportunidade de transformação da governança financeira e de geração de novas mudanças”, diz
Para a Rebrip, porém, o governo devia era discutir com a sociedade as posições que adotará no G20. “Como esse governo mudou a política externa, não tem como o Brasil fazer parte do G20 sem dialogar com a sociedade”, diz Rosane Bertotti, militante da entidade.
Graciela, Cozendey, Iara, Balduíno e Bertotti participaram nesta terça-feira (18/10/2011) de audiência pública no Senado.
Selecionamos alguns parágrafos desta campanha, confira!
A CAMPANHA DA AVAAZ.ORG O MUNDO EM AÇÃO
 Nicolas Sarkozy
Em 24 horas, os governos mundiais vão discutir a crise econômica global. Bancos e grandes corporações estão patrocinando o encontro em troca de acesso livre ao local. Isso acontece ao mesmo tempo em que os cidadãos são deixados do lado de fora. Vamos criar uma petição massiva para Nicolas Sarkozy expulsar as corporações e manter o G20 para as pessoas.
... a cidade francesa de Cannes - está completamente fechado para os cidadãos comuns, enquanto presidentes de bancos e grandes corporações têm acesso total para dizer o que os nossos governantes devem fazer.
As corporações capturaram os nossos governos, recebendo imensos resgates corporativos apesar de destruírem nossa economia. Agora eles estão comprando seu caminho para a reunião que pode decidir o futuro financeiro da maior parte do globo. Juntos podemos persuadir o anfitrião do encontro, Nicolas Sarkozy, a cancelar o patrocínio -- vamos construir um chamado público que causará uma tempestade na mídia forçando Sarkozy a expulsar os patrocinadores corporativos e reinvidicando o G20 para todos nós. Assine a petição!
A linha entre o poder das corporações e um governo responsável é muito tênue. Os políticos ganham dinheiro das corporações para suas campanhas, criam políticas que lhes recompensam quando estão no poder, e então assumem cargos com altos salários logo após deixarem o governo. É corrupção, pura e simples.
Pedido da Petição:
Para o Presidente Francês Nicolas Sarkozy e outros líderes do G20:
Como cidadãos preocupados com a crise econômica nós pedimos que você limpe o encontro do G20. Patrocinadores corporativos têm acesso permitido e visibilidade, enquanto as pessoas são excluídas. Patrocínio corporativo de encontros como este e subseqüentes devem ser rejeitados.
@@@@@@
"A economia só será viável se for humana, para o homem e pelo homem."
Papa João Paulo II
Eu sou Arcturiano, na Paz e Alegria a serviço do Criador

 



Nenhum comentário:

Postar um comentário