Antes de voltarmos ao tema homossexualidade, assunto debatido entre a jornalista Marília Gabriela e o pastor Silas Malafaia, achamos por bem, conhecermos melhor sobre DÍZIMO.
Elaboramos resumo do estudo feito pelo presbítero Valdecir Vera, que com
certeza desagradou cobradores de dízimos. Veja por que!
Dízimo – Entenda a Luz da Palavra de Deus
Não pode
haver maior equívoco do que presenciar em nossas igrejas pessoas sinceras
colocarem uma certa quantidade de dinheiro dentro de um envelope, valor
correspondente a 10% de seus ganhos e saírem satisfeitas, com a consciência
aliviada, achando que deram ou devolveram o dízimo ao Senhor. Elas precisam
aprender o que significa dízimo.
Biblicamente falando. A palavra “dízimo” foi traduzida do original hebraico
“ma’aser”, que significa a décima parte, ou dez por cento. Em primeiro lugar temos de saber se estas pessoas que
receberão o dízimo são dignas e merecedoras disto por viverem plenamente a
Verdade Presente, caso contrário o dinheiro estaria servindo não para um
representante de Deus e sim para alguém camuflado e secretamente servo de
Satanás. Em segundo lugar dízimo na Bíblia nunca está relacionado a
dinheiro. Nunca. Dízimo sempre está
relacionado a comida, alimentos, produção agropecuária. Deus estabeleceu
que as pessoas ligadas à produção agropecuária deveriam trazer os dízimos. Mas,
nem todos trabalhavam plantando ou criando gado. Entretanto, a Bíblia fala de
várias outras atividades profissionais não ligadas a agropecuária: Artesãos,
Padeiros, Carpinteiros, Cozinheiros, Guardas, Pescadores, Mestre-de-Obras,
Ourives, Caçadores, Mercadores, Músicos, Alfaiates, Coletores de impostos.
Agora, onde está escrito na Bíblia que
estes trabalhadores pagavam dízimos? Uma vez que os dízimos eram oferecidos
somente em forma de grãos, ovelhas, gado, conseguimos imaginar os profissionais
acima comprando bois, vacas e cereais para participar da entrega dos dízimos?
Onde está escrito na Bíblia que eles procediam assim? O fato é que a Bíblia não menciona a regulamentação destas outras
classes como devedoras do dízimo. Se o dízimo tivesse sido estabelecido sob
a forma de dinheiro, ninguém teria dificuldade de adorar a Deus desta forma.
Mas não foi assim que Deus quis. Dízimo
na Bíblia é sinônimo de alimento. Ofertas podiam ser trazidas em forma
de dinheiro (II Reis 22:4-7). Mas, quando o assunto era dízimo, somente
ovelhas, bois, grãos, comida. Dinheiro nunca! O dizimista não tinha que separar
o PRIMEIRO para Deus, mas o DÉCIMO, o último. Os animais iam passando por debaixo da vara do pastor. O dízimo ou o
décimo era separado e entregue ao Senhor. Quem tivesse nove ovelhas estava
automaticamente isento do dízimo. Debaixo de sua vara só passaram nove
animais. Não havia décimo. Podemos
entender isto? Acontece assim hoje? Quantas modificações implantadas pelos
homens! Os dízimos deviam ser comidos
pelos dizimistas na presença do Senhor, no local que Ele ordenasse. A
verdade é que os dízimos no Velho
Testamento não tinham apenas a função de
sustentar o clero, mas também contribuía para um maior equilíbrio social. Os dízimos entregues nas igrejas cristãs hoje estão a
anos-luz distantes do ideal Bíblico, sendo portanto espúrio. Um verdadeiro
estelionato sobre a fé alheia. A Bíblia fala de um só dízimo e três
destinos. Três aplicações.
Três usos: podia ser comido pelo
dizimista, deveria socorrer
órfãos, viúvas e necessitados e sustentar
os levitas. Uma coisa a observar é que todos sacerdotes eram levitas, porém nem todo levita era sacerdote.
Poderíamos até dizer que a maior parte dos levitas não eram sacerdotes.
Interessante notarmos que nesta época os
levitas, representantes do clero, estavam em igualdade social com os excluídos,
os órfãos, as viúvas e os pobres. Havia uma identificação do clero com as
pessoas humildes. Pertenciam
ao mesmo padrão social. Hoje
os ministros andam de automóveis, último modelo importados, moram em mansões, e
se hospedam em hotéis cinco estrelas. Etc. etc. (Como são
diferentes de Jesus!). Quando alguém
põe num envelope 10% de seu salário, à
luz da Bíblia, não está pagando dízimos ao Senhor. Deveríamos chamar isto de
taxa denominacional, oferta sistemática ou pacto financeiro. Mensalidades,
talvez. Invenção da teologia moderna. Tomam-se textos do Velho Testamento e através de um
seqüestro cerebral, pratica-se o terrorismo espiritual, criado em base
supersticiosa. Quem dá dez por cento de
suas rendas para a “igreja” será abençoado. Quem não o fizer, ficará sujeito às
mil maldições que lhe aguardam na próxima esquina. Surge no denominacionalismo
a figura do hipócrita social representando
um papel que ele mesmo não crê. Líderes financistas, guardiões de um
institucionalismo ferrenho, criado para perpetuar seus próprios interesses
corporativistas, ludibriam multidões de
sinceros. Hoje perplexos testemunhamos este descalabro levado a cabo em
nome da boa religião. O vídeo a seguir foi colaboração do amigo Marcos enriquecendo a matéria, deixando-nos eternamente gratos.
A
cada ação repressora acontecerá no futuro uma ação igualmente contrária. Quando? Quando a verdade libertar o povo de Deus de todas
estas superstições. A mente humana que
foi subjugada no processo de formação da crença quando se der conta do engano a
que foi submetida por tantos anos cobrará. Pois “evangelista” não consagrado é indigno de viver de dinheiro sagrado".
Presbítero Valdecir
Vera
Este
estudo foi publicado no Portal Nação Sonora
Estudos. Texto completo neste endereço:
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